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sábado, 19 de setembro de 2009

DA DEMOCRACIA TERRORISTA À DITADURA DEMOCRÁTICA

Não obstante todo o histórico de intervenções, ataques, invasões, derrubada de regimes democráticos, instalação de governos fantoches a apoio a ditaduras sanguinárias, os EUA são também os maiores opositores aos tratados mundiais para banir armas de destruiçao em massa, apesar de terem usado este factóide para a invasão do Iraque, acobertando o verdadeiro motivo, que era o acesso ao petróleo iraquiano, sem quaisquer limitações ou condicionamentos aos preços internacioniais vigentes, na prática um assalto aos recursos energéticos de uma nação soberana. Opuseram-se diretamente a todas as tentativas da ONU e de ONG'S de proibir a produção mundial de minas terrestres em especial as minas anti-pessoal, responsáveis pela morte de quase três dezenas de milhares de pessoas por ano, a maioria crianças na África e na Ásia. E apesar de todas as evidências e provas fartamente publicadas na mídia e com empenho diferencial da mídia independente, os Estados Unidos da América ainda são conceituados como a "maior democracia do planeta", ou a "verdadeira democracia". Imagem que é visualizada por sua população, corroborada e difundida por sual elite intelectual, empresarial e artística e por conseguinte defendida no exterior por cidadãos estrageiros que tornaram-se desafetos dos seus próprio governos, que por ora são opositores do "Império de Casas de Madeira" e passaram a integrar a folha de pagamento de Washinton, por meios diversificados, assim sendo os americanos acreditam que seu país é admirado e amado em todo mundo . Com o advento do 11 de Setembro, vimos renascer na "terra da liberdade" a mesma atitude que consolidou o poder nazista, que foi a restrição da liberdade individual de cidadãos americanos naturalizados, e a intitucionalização do desrespeito aos direitos dos cidadãos estrangeiros, passando a ocorrer prisões sem processo, e sem direito ao estrangeiro apenas suspeito de ser terrorista, de ser assistido por um advogado e ter uma defesa justa. Permitindo a prática de torturas e julgamentos sumários com pena de morte. Isto tudo devidamente protegido pelo manto da segurança nacional e no mais absoluto desconhecimento da população civil. Com a pretensa justificativa do combate ao terrorismo os Estado Unidos mostraram sua verdadeira face, cada vez mais evidente com o desmantelamento de suas instituições democráticas . Se voltarmos nossa atenção para o plano econômico-social internacional, fácilmente enxergamos o esforço do EUA em manter a sua hegemonia e a estrutura econômica do qual é maior beniciário juntamente com seus "aliados" componentes do G7, esforço este, que como já foi visto repetidas vezes na história deste país, é recorrente ao uso da força militar, sempre contra países fracos e quando não o uso e imposição de meios financeiros com organismos como o FMI e o Banco Mundial, econômico através de suas gigantes multinacionais, ou políticos através de embargos como o sofrido por Cuba. Sistema que foi fomentado durante a segunda metade do século xx que não só ampliou a desigualdade entre ricos e pobres, mas gerou índices alarmantes de miséria e fome, chegando à cifra de 1 bilhão de seres humanos subnutridos e com a morte de quase 40 mil pessoas por dia. Este sistema que os Estado Unidos, procuram manter com unhas e dentes, representa um "genocídio branco", causando doze vezes mais mortes que as vítimas do 11 de setembro, com a diferença que estas mortes são na sua maioria de Africanos e Asiáticos e portanto não são merecedores da comoção internacional, como foram as vítimas dos atentados. Qualquer mente em total lucidez e sanidade,sabe,é que a lógica correta, seria que a nação mas poderosa e mais rica do mundo os deveria ser a primeira a protagonizar combate à fome e miséria reinantes no mundo, mas ao contrário investem mais de 600 bilhões dólares, mais que a soma do orçamento militar do restante do globo e se empenham no "suposto" combate ao terrorismo que eles mesmos criaram e financiaram . O que podemos concluir da democracia americana é que ela é uma fraude, verdadeira apenas
para aqueles que não querem enxergar, ou que apenas são meros transeuntes na existência humana e não se importam com a justiça, igualdade, liberdade ou fraternidade.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ossétia do Sul acusa tropas georgianas de atacar o seu território

A aldeia de Otrev da Ossétia do Sul foi atacada esta segunda-feira à noite por um morteiro disparado na aldeia georgiana de Plavi, disse às agências russas um funcionário do ministério da Informação daquela república separatista da Geórgia.
Segundo o porta-voz osseta, foram disparados três morteiros às 22h05 horas locais (19h05 em Lisboa), tendo uma das munições rebentado na fronteira com a aldeia de Otrev.

Os disparos não fizeram vítimas entre a população, frisou a fonte.

Otrev fica a um quilómetro da aldeia georgiana de Otrev, localidade onde se iniciaram os confrontos militares que, em Agosto do ano passado, provocaram uma guerra entre a Rússia e a Geórgia.

O governo georgiano acusou domingo a Rússia de ter deslocado a fronteira entre a Geórgia e a república separatista da Ossétia do Sul e de ter progredido no território.

"Os militares russos entraram a 2 de Agosto no território da aldeia de Kvechi, no distrito de Gori, para deslocar a suposta fronteira" com a Ossétia do Sul, declarou o ministério dos Negócios Estrangeiros georgiano, em comunicado.

A diplomacia georgiana recordou ainda as declarações do presidente da região separatista, Edouard Kokoiti, que exigiu sexta-feira à Geórgia a restituição "de antigos territórios ossetas".

O regime pró-russo da Ossétia da Sul "tornou pública a intenção dos ocupantes russos", assinalou o ministério georgiano, advertindo ainda que a Rússia "será responsável por qualquer provocação".

O ministério da Defesa russo admitiu sábado usar a força para defender a Ossétia do Sul, caso a Geórgia não suspenda os ataques contra a república separatista.

"Esses ataques causam sérias preocupações. E, no caso de mais provocações que ameacem a população da Ossétia do Sul e o contingente russo, o Ministério da Defesa da Rússia reserva-se o direito de empregar toda a sua força e recursos disponíveis para defender a população civil e as tropas russas", referiu o Ministério, em comunicado.

Lusa

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Quirguistão autoriza presença de mais tropas russas em seu território


Sáb, 01 Ago, 03h31



CHOLPON ATA, Quirguistão (AFP) - O Quirguistão, único país do mundo a abrigar bases russas e americanas, autorizou neste sábado a presença em seu território de mais tropas da Rússia, que busca reforçar sua influência militar na Ásia central.

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Um memorando assinado pelos presidentes do Quirguistão, Kurmanbek Bakiev, e da Rússia, Dimitri Medvedev, indica que o governo quirguiz "aprovou a proposta russa de abrigar um novo contingente russo".


O acordo assinado neste sábado, no entanto, ainda não corresponde a todas as ambições da Rússia, que deseja abrir mais uma base militar no país.


O número de novos efetivos russos autorizados a permanecer em território do Quirguistão pode chegar a um batalhão inteiro, segundo o memorando, assinado no complexo turístico quirguiz de Cholpon Ata, junto ao lago Issik Kul, 200 km a leste de Biskek, capital do país.


As duas partes se comprometeram também a assinar um acordo formal antes de 1º de novembro sobre o estatuto oficial da base russa no Quirguistão, segundo o memorando, que estabelece uma duração de 49 anos para o acordo, com possibilidade de renová-lo por mais 25.


A Rússia já tem tropas estacionadas na base aérea de Kant, nas cercanias de Biskek, mas quer instalar outra base na cidade de Osh, para alojar contingentes da recém-criada Organização do Tratado de Segurança Coletiva (ODKB), formada por ex-repúblicas soviéticas e liderado por Moscou.


A ODKB, fundada em 1992, é integrada por Armênia, Belarus, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia, Tadjiquistão e Uzbequistão.


O Quirguistão também abriga a base aérea americana de Manas, perto de Biskek, usada pelos Estados Unidos como apoio logístico para suas operações no Afeganistão.


O presidente Bakiev havia ordenado o fechamento desta base em fevereiro, mas mudou de ideia em junho, após um acordo que triplicou o preço do aluguel pago pelos americanos.


O Quirguistão é o único país do mundo a abrigar em seu território uma base americana e uma russa.


A criação de uma força comum de reação rápida dentro da ODKB é uma clara tentativa de rivalizar com a Otan - e, para o desgosto dos russos, enfrenta uma série de problemas desde 14 de junho, quando seu tratado fundador foi assinado em Moscou.


Belarus ainda não assinou o acordo, já que boicotou a cúpula de 14 de junho. Embora seu presidente, Alexander Lukashenko, tenha participado da cúpula da ODKB em Cholpon Ata na sexta-feira, nada indica que tenha mudado de ideia em relação ao tratado.


O presidente do Uzbequistão, Islam Karimov, também estaria desconfortável com a ideia de uma base russa em um país vizinho e perto de suas fronteiras, segundo a imprensa local.


Além disso, o memorando assinado hoje por Medvedev não menciona explicitamente a base de Osh, mas as tropas adicionais podem acabar estacionadas lá.


Tanto EUA quanto Rússia tentam a todo custo aumentar sua influência militar na região, cuja importância estratégica é considerada alta devido à proximidade com o Afeganistão.

domingo, 28 de junho de 2009

É comum para os amantes dos Estados Unidos, sempre buscarem os melhores fatos de sua grandiosidade como nação e como superpotência militar e econômica, porém é bem típico das pessoas esquecerem-se das mazelas da sociedade americana e das deficiências do seu governo o que não a diferenciam apesar da sua pujança dos demais países do mundo que tanto costumam criticar do alto de sua superioridade, um bom exemplo é a crescente atuação de suas milícias fundamentalistas e racistas que atualmente perpetram ações contra imigrantes mexicanos ilegais e que promovem ondas de invasões de propriedades e por vezes chacinas de famílias como é o caso de Raul Junior Flores e a filha Brisenia Flores, 10 anos, foram mortos em casa na cidade de Arivaca, Arizona
28 de junho de 2009
The New York Times
"Alguém acaba de entrar e atirar em minha filha e meu marido!", gritou a mulher ao atendente do serviço de emergência 911. "Eles estão voltando! Estão voltando!".
Vários tiros são ouvidos numa gravação do telefonema. A mulher, Gina Gonzalez, sobreviveu ao ataque após se armar com o revólver de seu marido, mas tanto ele quanto sua filha de 10 anos morreram.
Os assassinatos do mês anterior semearam o terror nessa pequena cidade próxima à fronteira com o México, em grande parte porque as autoridades os têm atribuído a um grupo rebelde de patrulheiros civis da fronteira.
As três pessoas presas pelo crime incluem a líder da Minutemen American Defense, uma ramificação, no Estado de Washington, do movimento Minutemen, cujos membros perambulam pela fronteira em busca de pessoas tentando entrar ilegalmente no país.
Antigos integrantes descrevem a chefe do grupo, Shawna Forde, 41 anos, como possuidora de sentimentos extremos contra os imigrantes, muitas vezes assustadores, inclusive para pessoas acostumadas a visões linha-dura em relação ao policiamento de fronteiras.
As autoridades dizem que os três suspeitos estavam atrás de dinheiro e drogas, a serem usados para financiar atividades de vigilantismo, e que esses indivíduos tinham ligação com ao menos uma outra invasão de domicílio na Califórnia.
"Acreditava-se que havia uma quantia considerável de dinheiro no local", disse Clarence Dupnik, xerife do condado de Pima, porque, segundo ele, o marido de Gonzalez, Raul Junior Flores, tinha previamente se envolvido com narcotráfico, uma afirmativa que a família da vítima nega.
Nem o defensor público do condado de Pima, representante de Forde, nem os advogados dos outros suspeitos, Jason E. Bush, 34 anos, e Albert R. Gaxiola, 42 anos, comentaram sobre o caso. Os três permanecem sob custódia, acusados de assassinato em primeiro grau, invasão de propriedade e roubo. Merril Metzger, meio-irmão de Forde que trabalhou seis meses para o grupo logo após sua fundação em 2007, disse que Forde frequentemente viajava armada de Washington para o Arizona. Em março, ao passar pela casa de Metzger em Redding, Califórnia, Forde apresentou um plano de ação ao grupo, afirmou Metzger, em entrevista telefônica. "Ela se sentou e falou sobre como iniciaria uma milícia secreta e roubaria traficantes de drogas", disse ele.
Metzger deixou o grupo, segundo ele, alarmado por uma série de coisas, incluindo a exigência de lealdade extrema por parte de Forde, até mesmo no que dizia respeito à escolha do cardápio.
"Tive que fazer um juramento e parte dele era que eu não poderia ingerir comida mexicana", disse ele.
Outro ex-membro do grupo de Forde, Chuck Stonex, um empreiteiro independente aposentado, disse que Forde havia comentado sobre comprar um rancho próximo a Arivaca e construir um quartel. Ele contou que em outubro fez uma excursão com ela pelo deserto ao norte da região, onde, vestindo trajes camuflados e carregando revólveres e rifles, eles fizeram buscas por imigrantes ilegais.
"É como caçar", disse Stonex, descrevendo as técnicas de rastreamento usadas pelo grupo. "Se você sai à caça de veados, você quer ficar à espreita e aprender qual é o padrão de ação deles e que rastros eles deixam".
Stonex disse que tratou de um dos suspeitos, Bush, por ocasião de uma ferida no dia do ataque à família Gonzalez. Gonzalez presumidamente atirou em Bush para repelir os invasores, mas, disse Stonex, a ferida não levantou suas suspeitas, porque, segundo ele, Forde deu o que parecia ser uma explicação plausível: "haviam sido agredidos por bandidos da fronteira".
"Estavam muito relaxados, com uma conversa casual, normal", ele relembra. Um pequeno número de americanos sempre viu as patrulhas de fronteira como um dever patriótico, mas sua mais nova encarnação ¿ o movimento Minutemen, que tomou seu nome emprestado de milícias civis formadas durante a Guerra de Independência ¿ ganhou força em 2005, quando centenas de voluntários se dirigiram a locações próximas à fronteira.
Suas patrulhas inicialmente receberam elogios de alguns líderes, incluindo o governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, mas também levantaram a preocupação de que tais atividades estavam no limiar do racismo e da xenofobia. Com o passar do tempo, o movimento Minutemen também sofreu com dissidências internas, com alguns grupos, como o de Forde, defendendo táticas que tendiam cada vez mais ao confronto, enquanto outros simplesmente se dedicavam ao monitoramento das fronteiras, reportando qualquer passagem ilegal às autoridades.
Desde os assassinatos em Arivaca, membros de alguns grupos mais conhecidos ligados ao movimento têm rapidamente se dissociado da Minutemen American Defense, enquanto outros começaram a fazê-lo muito antes. Em janeiro, a Minutemen de San Diego, com 750 membros, começou a alertar as pessoas em seu website para que evitassem Forde.
As autoridades disseram que os três suspeitos acreditavam que o marido de Gonzalez, Flores, 29 anos, guardava tanto drogas quanto armas em sua remota casa, localizada em um rancho. De acordo com a ligação de Gonzalez ao 911, os suspeitos vestiam uniformes que se pareciam com os de agentes da lei e chegaram pouco depois da meia-noite no dia 30 de maio. Disseram à família que estavam procurando por um fugitivo.
Segundo o xerife Dupnik, há uma ampla atividade de narcotráfico entre Arivaca e a fronteira. Tal afirmação enfureceu os residentes de Arivaca, uma cidade de aposentados, artistas e trabalhadores cerca de 80 km ao sul de Tucson, no Estado do Arizona. "Essa é uma boa cidade", disse Fern Loveall, 76 anos. "É um bom lugar para se viver e é um bom lugar para criar seus filhos. O que estão dizendo a respeito daqui não é verdade".
Membros da família de Flores também negaram que ele tivesse qualquer conexão com o tráfico de drogas. "Ele era um bom homem", disse Gilbert Mundary, 80 anos, avô de Flores. "Sei o que aconteceu, mas não consigo imaginar o porquê".
A casa da família ficou em silêncio esta semana. Uma bandeira dos Estados Unidos balançava na sacada e três rosas cor-de-rosa adornavam a porta da frente. Atravessando uma estrada de terra, no centro comunitário local, uma foto de Brisenia, a filha assassinada de Flores e Gonzalez, havia sido emoldurada, com um pequeno laço negro afixado a ela.
Entre os fregueses da cantina La Gitana, localizada na única via principal da cidade, as emoções variam de um sofrimento abjeto à raiva.
"Já vi pessoas entrarem nesse bar, simplesmente colocarem as mãos no rosto e, de repente, lágrimas começam a escorrer", disse Karen Lippert, atendente. Ela acrescentou que embora um dos suspeitos fosse do local ¿ Gaxiola ¿ Forde havia vindo de fora da cidade. "Isso não é coisa da nossa gente", ela disse. "Não é como nossa gente age".
Tradução: Amy Traduções
The New York Times