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domingo, 4 de março de 2012

“Grande Satanás” versus “Eixo do Mal”: Israel e Estados Unidos preparam golpe contra Irã

Tags: Américas, Política, Israel, Comentários, Irã, Ásia/África, EUA, Mundo
Andrey Iliachenko 2.03.2012, 20:11

Para 5 de Março, em Washington, são marcadas conversações entre o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. O tema principal é o comportamento em relação ao Irã.

Em janeiro, James Clapper, diretor de Inteligência Nacional dos Estados Unidos, e David Petraeus, diretor da CIA, declararam, em audiências do Senado dos EUA, que atualmente o fato da aprovação da decisão sobre a produção de armas nucleares pelo Irã não tem provas. Uma semelhante declaração foi feita pelo secretário norte-americano da Defesa, Leon Panetta, e o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas norte-americanas, general Martin Dempsey. No entanto, Tel-Aviv deu a entender oficialmente e através de meios de comunicação social que não pode responder por suas ações no pano de fundo da crescente ameaça iraniana, apesar de as suas ambições terem sido apoiadas no mundo apenas pela Arábia Saudita e pelo Qatar. Deste modo, Israel transformou-se no elo principal do processo de solução da mais grave crise internacional de hoje. Tanto mais que a retórica dura do Irã contra Israel, reforçada com ataques de mísseis sistemáticos, se interpreta como ameaça na sociedade judaica.

É evidente que Netanyahu pretende assestar um golpe contra o Irã, mas não pode fazê-lo sem os Estados Unidos, destaca o acadêmico Evgueny Primakov, que em diferentes anos dirigia o MRE e o Serviço de Reconhecimento Externo da Rússia.

Israel, contudo, não tem fronteiras comuns com o Irã. Não serão suficientes ataques aéreos conjuntos, “porque a aviação pode bombardear, mas a potência nuclear está escondida profundamente debaixo de terra. E as operações terrestres, se alguém tentar empreendê-las, terminarão com um fracasso, porque no Irã será mais difícil combater que no Iraque, considera Primakov.

Para além disso, Teerão pode responder com ataques de mísseis contra Israel e efetuar atos terroristas contra civis e militares dos EUA no estrangeiro, escreve o New York Times. Finalmente, é provável uma ameaça ao sistema petrolífero do golfo Pérsico. Pelos vistos, o Irã abandonará em resultado o Tratado de não-proliferação de armamentos nucleares. "Tal destruirá completamente o regime do Tratado, que é uma pedra angular da política externa americana", considera o tenente-general em reserva do Serviço de Reconhecimento Externo, Guennady Evstafiev.

Parece que é por isso que Obama, repetindo “não excluir quaisquer ações” em relação ao Irã, aponta contudo que os problemas económicos provocados por sanções levarão a perturbações sociais, que podem chamar à razão a direção iraniana ou trocá-la. Mas Obama não precisa na véspera das eleições de um campanha militar com resultados confusos.

A direção iraniana também não precisa desta campanha, enquanto o barrulho em torno do Irã pode ser até vantajoso. A 2 de março decorrem as eleições para o Parlamento iraniano e, no ano futuro, terão lugar as eleições do presidente do país. Uma pressão aberta e ameaças por parte do “Grande Satanás” e do seu irmão mais novo tornam-se um fator importante de consolidação do eleitorado em torno da elite governante. Pelos vistos, o Irã provoca ações duras dosadas do Ocidente, que são úteis na sua política interna.

Para 5 de Março, em Washington, são marcadas conversações entre o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. O tema principal é o comportamento em relação ao Irã.

Em janeiro, James Clapper, diretor de Inteligência Nacional dos Estados Unidos, e David Petraeus, diretor da CIA, declararam, em audiências do Senado dos EUA, que atualmente o fato da aprovação da decisão sobre a produção de armas nucleares pelo Irã não tem provas. Uma semelhante declaração foi feita pelo secretário norte-americano da Defesa, Leon Panetta, e o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas norte-americanas, general Martin Dempsey. No entanto, Tel-Aviv deu a entender oficialmente e através de meios de comunicação social que não pode responder por suas ações no pano de fundo da crescente ameaça iraniana, apesar de as suas ambições terem sido apoiadas no mundo apenas pela Arábia Saudita e pelo Qatar. Deste modo, Israel transformou-se no elo principal do processo de solução da mais grave crise internacional de hoje. Tanto mais que a retórica dura do Irã contra Israel, reforçada com ataques de mísseis sistemáticos, se interpreta como ameaça na sociedade judaica.

É evidente que Netanyahu pretende assestar um golpe contra o Irã, mas não pode fazê-lo sem os Estados Unidos, destaca o acadêmico Evgueny Primakov, que em diferentes anos dirigia o MRE e o Serviço de Reconhecimento Externo da Rússia.

Israel, contudo, não tem fronteiras comuns com o Irã. Não serão suficientes ataques aéreos conjuntos, “porque a aviação pode bombardear, mas a potência nuclear está escondida profundamente debaixo de terra. E as operações terrestres, se alguém tentar empreendê-las, terminarão com um fracasso, porque no Irã será mais difícil combater que no Iraque, considera Primakov.

Para além disso, Teerão pode responder com ataques de mísseis contra Israel e efetuar atos terroristas contra civis e militares dos EUA no estrangeiro, escreve o New York Times. Finalmente, é provável uma ameaça ao sistema petrolífero do golfo Pérsico. Pelos vistos, o Irã abandonará em resultado o Tratado de não-proliferação de armamentos nucleares. "Tal destruirá completamente o regime do Tratado, que é uma pedra angular da política externa americana", considera o tenente-general em reserva do Serviço de Reconhecimento Externo, Guennady Evstafiev.

Parece que é por isso que Obama, repetindo “não excluir quaisquer ações” em relação ao Irã, aponta contudo que os problemas económicos provocados por sanções levarão a perturbações sociais, que podem chamar à razão a direção iraniana ou trocá-la. Mas Obama não precisa na véspera das eleições de um campanha militar com resultados confusos.

A direção iraniana também não precisa desta campanha, enquanto o barrulho em torno do Irã pode ser até vantajoso. A 2 de março decorrem as eleições para o Parlamento iraniano e, no ano futuro, terão lugar as eleições do presidente do país. Uma pressão aberta e ameaças por parte do “Grande Satanás” e do seu irmão mais novo tornam-se um fator importante de consolidação do eleitorado em torno da elite governante. Pelos vistos, o Irã provoca ações duras dosadas do Ocidente, que são úteis na sua política interna.

Texto extraído de:


www.diariodarussia.com.br